A proposta é ampla e precisa ser vista sobre alguns ângulos que seriam incluídos via delimitação. Cite-se por exemplo os filosóficos, sociológicos, psicólogicos, fundamentos da educação e administração escolar.
A visão de educação e contemporaneidade precisa se vista por diferentes modos e principalmente pelas conseqüências negativas e positivas. Vide este pensar sob o prisma da oferta de vagas na educação básica. Houve um crescimento de fato notável. O número de áreas foi ampliado e o acesso de fato merece elogios, pois, houve uma facilitação para este crescimento e, as cidades por menores que sejam dispõem de vagas para educação dita básica. O avanço foi tão grande, que mesmo alguns povoados e vilas de municípios desse imenso país também se viu agraciado com tamanho privilégio. A educação superior também foi ampliada e o acesso foi deveras notável. Pode-se afirmar que o ensino superior está disponível a maioria das classes sociais e corrige uma grande distorção que existia, pois, tal oportunidade e privilégio era apenas para uma minoria. Em alguns casos via-se o ensino superior como utopia. Por outro lado, a universalização do ensino básico também foi algo que mudou o velho sistema antes corroído. A revista Veja de número 2074 de 20 de agosto de 2008 páginas 74 e 75 mostra uma pesquisa da CNT/Sensus feita entre pais, professores e alunos sobre a temática da positividade das escolas públicas e particulares e mostra a participação e as diferenças entre as duas instituições. Sessenta por cento dos professores considera o ensino da escola pública como ótimo ou bom, 32 % regular e apenas 8 % acham ruim ou péssimo. Os alunos têm a seguinte opinião: 68% ótima, 27% regular e apenas 5% ruim. As particulares aparecem nas seguintes perspectivas: Os professores entendem que 94% são ótimas 6% regulares e 0% ruim ou péssimas. Os pais, 92% entendem as escolas particulares ótimas 8% regular e 0% ruim. Os alunos têm a seguinte opinião: 93% ótima, 6% regular e 1% ruim. A mesma revista esclareceu que para muitos brasileiros estamos perto da Finlândia. Há um certo exagero, mas, não se pode questionar que houve de fato melhoras nas ultimas décadas.
No outro lado da moeda vê-se um retrato por muitos camuflados. Apesar dos ditos avanços, a repetência é sensível. A facilidade na aprovação dos alunos é questionável. Os Programas das Escolas Públicas não são necessariamente sustentáveis. Os profissionais da educação brasileira são mal preparados. A má gestão escolar é visível. As pesquisas mostram que para os brasileiros tudo vai bem nas escolas. Mas, a realidade não é tão rósea: o sistema é medíocre. Os professores se acham bem preparados para dar aulas o que na prática não se vê tanta sensibilidade ou crescimento no aprendizado do alunado. O ensino no Brasil é questionável, estamos formando alunos despreparados para o mundo atual, competitivo, mutante e globalizado. Em comparações internacionais, os melhores alunos brasileiros ficam nas últimas colocações na qüinquagésima posição em competições com apenas 57 e sete países. É necessário chamar atenção para as raízes destas cegueiras e contribuir para pais, professores, educadores e autoridades para a dura realidade cuja reversão vai exigir mais do que todos estão fazendo atualmente.
O grau de conhecimento da sociedade brasileira no que diz respeito à qualidade de nosso ensino é insatisfatório. Podemos ser um tanto truculentos, mas, essa consciência não existe. Não se pode ver a educação e contemporaneidade sem associá-la ao desempenho dos alunos. Primeiro que o atual otimismo é contestável, pois, via de regra não é nossa realidade. Esquecemos do inconformismo e optamos pelo oba... oba... do melhoramos... melhoramos. Uma questão a ser resolvida é que a contemporaneidade fez com que alguns pais entendessem e engolissem garganta abaixo o novo, o modelo tecnológico vigente e têm a falsa idéia de que ao colocar as informações disponíveis aos filhos é suficiente e lhes exime da culpa de não partilhar soluções com seus filhos e as Instituições onde eles estudam. Outro aspecto a ser revisto é que as mesmas escolas que são elogiadas por pais, professores produzem jovens que são incapazes de ler e entender um texto e estão sempre se embaralhando em simples cálculos matemáticos. Nota-se claramente que o esquerdismo é moeda corrente apesar de sabermos que o Marxismo surgiu da possibilidade do novo e de mudanças. Do ponto de vista prático este sistema ideológico só funciona em Cuba e na Coréia do Norte. Vejam a miséria daquele povo vencido pelas ideologias e pela doutrinação. A “Revista Veja de 20 de Agosto na página 77 sob o tema “Prontos para o século XIX” faz um comentário perspicaz:” Parece bobagem uma curiosidade até pitoresca num mundo em que a empregabilidade e o sucesso na vida profissional dependem cada vez mais do desempenho técnico, do rigor intelectual, da atualização do pensamento e do conhecimento. Não é bobagem. A doutrinação esquerdista é predominante em todo o sistema escolar privado e particular. É algo que os professores levam mais a sério do que o ensino das matérias em classe. “Pobres alunos”. Sem se falar que o comunismo acabou e se destruiu e em função de meros idealistas confundimos contemporaneidade com idealismo. O que precisamos também frisar é que nossos professores são mal preparados para as suas funções e ao invés da busca da criatividade, culpam o sistema e abusam do poder por serem adultos.
Outro ponto a ser revisto na questão contemporaneidade diz-se da situação financeira. Ao se fazer uma comparação entre os Estados da Federação nota-se diferenças gritantes quanto ao salário do professor. Diríamos que,hoje só vale a pena ser professor por opção no Distrito Federal que por sinal tem os melhores índices do IDEB.Esta sigla retrata bem o que a dita contemporaneidade tem feito a educação do país.As estatísticas afirmam que nos estados do Nordeste nem em 2020 atingiremos a média necessária.Neste aspecto contestamos a tecnologia , pois, via de regra tem facilitado e tem pó outro lado feito do professor mero mandante pesquisador.Esquece-se da aprendizagem afetiva e opta-se pelo caminho mais fácil o da máquina.Voltando ao tema dinheiro existe um verdadeiro paradoxo no país: nos Estados e municípios a lei de responsabilidade fiscal ajudou muito no caso lisura na aplicação dos recursos destinados à educação. Entendemos que, às vezes há um abuso sensivelmente burocrático que impede soluções mais rápidas. Já a União pode usar os recursos que quiserem e como lhes aprouver,pois a lei responsabilidade Fiscal não atinge a atinge ou melhor não é aplicável a esta.
No dia 02 de setembro de 2008, alguns intelectuais brasileiros se juntaram no “seminário o Brasil que Queremos Ser” e do evento nasceu algumas idéias que entendemos necessárias e urgentes. Entre estas ressalta-se algumas: “Choque de Meritocracia”, isto significa aumento contínuos só para professores que formam alunos capazes.Hoje vivemos os aumentos por tempo de serviço. Segundo esta proposta, o desempenho dos alunos brasileiros em algumas matérias ficaria entre os 43 melhores do mundo e não como está em 53º lugar, ao lado do desconhecido Quirguistão. Outro ponto a ser visto: “Convencer os pais de que eles são parte da escola.” “Popularizar as faculdades técnicas”, “Fomentar a competição entre as universidades” (nenhuma universidade brasileira figura entre as 100 melhores do mundo. Criar currículos obrigatórios para a educação básica. Investir na formação de professores e de quem forma os professores (falta uma categoria: a dos professores que ensinam os professores como ensinar). Apenas 20% das disciplinas nas faculdades de pedagogia se dedicam às metodologias de ensino frisou a Revista Nova Escola. Entendemos que com estes pressupostos aliados ao que temos em tecnologia no Brasil contemporâneo poderemos mudar a educação no Brasil.
Parabéns pelo texto.
ResponderExcluirGostei da sequência didatica sobre o texto apresentado. Continue assim colegas.
ResponderExcluir